Aqui é um espaço para mostrar na prática como Processos Cognitivos acontecem no âmbito da música.
- Inteligência - Aqui trago uma um exemplo de uma dualidade que acontece em muitos processos psicológicos, inclusive na inteligência, acerca da gênese ser social ou inata. Trago um exemplo perto de nós, recifenses, a pianista Crystal, com toda sua infância humilde, mas que pela atitude de seu pai de estar incentivando o fazer musical, ela, uma menina-moça tem um desempenho pianístico que muitos alunos de bacharelado em piano ainda não tem em curto espaço de tempo. Aqui entendo inteligência como um processo amplo, para além do desempenho escolar (Crystal também desenha lindos croquis e tem um bom desempenho escolar também).
- Memória - numa definição simples, é a capacidade de captar, armazenar e evocar informações. é um processo extremamente importante pois está intrínseco a aprendizagem ( não existe aprendizagem sem memória). Para um qualquer pessoa, logo para o músico, a memorização desde construtos teóricos quantos práticos acerca da música. Um exemplo bastante prático que ARAÚJO (2000) traz é de coristas amadores. Eles não sabem ler partitura, logo a única forma de aprender as músicas é memorizando por trechos.
- Resolução de Problemas - Dois exemplos bastante fáceis é o da composição e do improviso. Nos dois, a memória e aprendizagem é imprescindível. A diferença, segundo Sloboda (2005 citado por ARAÚJO, 2000) é que o compositor rejeita solução triviais, até porque ele tem mais tempo em relação a quem improvisa. Já quem improvisa, pelo pouco tempo que tem, aceita a primeira solução que aparece na mente.
- Metacognição - numa forma simples, é a capacidade de pensar e observar seus próprios processos. Essa habilidade é de grande importância para para músicos de alto nível. Para que eles possam chegar num bom rendimento musical, é muito importante a capacidade de autorregulação e autodeterminação. Isso traz resultados potentes na performance.
ARAÚJO, Rosane Cardoso de. Pesquisas em cognição e música no
Brasil: algumas possibilidades discursivas. Música em contexto, Brasília, n. 4,
2010, p. 23-40.
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